sábado, 9 de janeiro de 2010

Director Técnico Nacional, Rui Magalhães em Entrevista à Agência Lusa

A selecção portuguesa absoluta de natação cumpre a “transição de piscina curta para olímpica”, iniciando o ciclo que termina nos próximos Europeus, explicou hoje à Agência Lusa o Director Técnico Nacional (DTN), Rui Magalhães.
“Esta é a altura em que se começa a preparar um novo ciclo, fundamentalmente em piscina olímpica (50 metros), depois de fechado o de piscina curta (25)”, disse Rui Magalhães, avançando a “participação em duas provas em Abril, que vão servir para a obtenção de mínimos para os Europeus”.

Vinte nadadores da selecção absoluta iniciaram quarta-feira um estágio, em Rio Maior, que vai contar, até domingo, com 28 juniores e 11 da selecção sénior jovem, num estágio “alargado”, para “trabalhar extensivamente”, com “cargas elevadas” e promover o contacto “social e desportivo” entre os vários escalões.

“Depois desta preparação, enfrentamos um encadeamento de provas para a obtenção de mínimos para os Europeus e, depois destes, para o Mundial2011. É uma fase importante e longa, de dois anos, de preparação deste ciclo olímpico”, disse Rui Magalhães, aludindo às etapas competitivas nos Nacionais de juniores e absolutos (de 09 a 11 de Abril) e no Open de França (entre 13 e 18 de Abril).

Segundo o DTN da Federação Portuguesa de Natação, esta concentração serve também para “realizar uma avaliação comparativa do estado de forma, relativamente a épocas anteriores”.

Antevendo os campeonatos da Europa, que vão decorrer de 09 a 15 de Agosto, em Budapeste, na Hungria, Rui Magalhães aponta como meta “tentar sempre superar os Europeus anteriores”.

“Temos sempre uma perspectiva elevada e continuamos a acreditar em finais e que os nossos nadadores sejam consistentes na obtenção dessas finais. È junto dos melhores que podem consolidar e melhorar de posição nestas provas”, referiu à Agência Lusa.

Segundo Rui Magalhães, a proibição da utilização de fatos de poliuretano, desde 01 de Janeiro, e permissão apenas de fatos permeáveis e fabricados em materiais têxteis, coloca apenas “algumas nuances” nestes objectivos.

“Não sei se os nadadores portugueses tiraram assim tanto proveito disso, até pelas suas características morfológicas. Não são muito altos, nem têm grande constituição muscular e as vantagens assentavam sobretudo na compressão muscular e no aumento dos índices de flutuabilidade”, explicou o DTN.

De acordo com Rui Magalhães, esta alteração vai ser favorável para os nadadores lusos: “Agora, vamos estar no mesmo patamar dos outros porque, apesar de ter havido uma democratização dos fatos, nós íamos ao pronto-a-vestir e os nadadores de topo ao alfaiate”.

Reportagem "O Jogo" On-Line: "Selecção transita para piscina olímpica rumo aos Europeus"

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