O nadador português Miguel Arrobas vai tentar, este ano, realizar as travessias das Ilhas Kerkennah a Sfax, na Tunísia, e do Estreito de Gibraltar, depois de ter sido o mais rápido de 2008 no Canal da Mancha."Há partida, a travessia entre Kerkennah e Sfax não tem riscos. São 21 quilómetros em água quente, no Mediterrâneo.
A maior dificuldade deverá estar nos ventos e no meu estado de forma que ainda não é o melhor", disse Miguel Arrobas à Agência Lusa.O desafio inédito entre portugueses, foi lançado aos nadadores que alcançaram os melhores tempos nos cerca de 34 quilómetros do Canal da Mancha, no ano passado.
Além de Miguel Arrobas, que obteve o melhor tempo absoluto de entre as 85 tentativas bem sucedidas em 2008, com 9:30 horas, integram também o projecto a norte-americana Mallory Mead, nadadora mais rápida na Mancha no último ano, o inglês Chris Sheppard, que foi o melhor britânico, e outros nadadores tunisinos."Vamos disputar uma corrida entre os melhores da Mancha no ano passado e nadadores tunisinos.
Ninguém vai querer ficar para trás e, se ficar, pelo menos quero fazer o melhor tempo possível", frisou o nadador português, acrescentando que a aventura tunisina vai decorrer entre 22 e 26 de Maio.
O nadador olímpico em Barcelona 1992 e jurista, de 34 anos, vai tentar repetir, entre 12 e 20 de Julho, o feito de Baptista Pereira, que fez a travessia do Estreito de Gibraltar, em 05:04 horas e 04:34.06 horas, em 1953 e 1956, respectivamente, e de José de Freitas, em 1962, com o tempo de 3:04 horas, que estabeleceram os recordes da travessia."Julho é o pior mês para fazer esta travessia, de 18 a 22 quilómetros, que começa na península de Tarifa.
Esta zona dos melhores sítios do mundo para a prática de windsurf e esta é uma altura de vento de levante", explicou Miguel Arrobas.
Ainda em 2009, o nadador luso quer tentar uma travessia, também inédita para portugueses, de 35 quilómetros, no continente asiático.
Blog’s dos Nadadores, "Os Heróis do Canal da Mancha":
Miguel Arrobas: Onde só chega quem não tem medo de naufragar
Nuno Vicente: O Sonho da Mancha
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