ENTREVISTA AO ALEXANDRE AGOSTINHO
O nadador Alexandre Agostinho é o recordista nacional dos 50 e 100 metros livres. Competiu em Málaga com alguns dos principais craques da modalidade e, apesar de ter feito a sua segunda melhor marca de sempre, não se mostra encantado com a sua prestação. Agora, a preparação tem como objectivo chegar em boa forma aos Campeonatos do Mundo da modalidade, onde quer “ficar entre os 16 primeiros”. Apesar das limitações que tem em Portimão – por exemplo, a inexistência de uma piscina de 50 metros – não parece estar nos seus horizontes a saída para outro clube ou cidade que lhe dêem melhores condições.
A entrevista "Jornal de Portimão" aqui.
Alexandre Agostinho é nadador da Portinado e recordista nacional dos 50 e 100 metros livres. Está a começar a preparação para os Campeonatos do Mundo de Natação, onde quer ficar entre os 16 primeiros.
Como é que correu a prova em que participou no fim-de-semana em Espanha?
Não correu tão bem como tinha corrido em Lisboa, na semana passada, provavelmente, porque já estou numa fase descendente da minha forma e porque apontei mais para os campeonatos nacionais, pois queria já ter os mínimos feitos antes de ir a Málaga. Mesmo assim não foi mau, fiz o meu segundo melhor tempo de sempre, estou satisfeito.
Encontrou em Málaga alguns dos melhores nadadores do mundo. Como é a sensação de competir com eles?
É sempre bom, aprendemos sempre.
Por exemplo, estava no aquecimento e via o que tipo de exercícios eles fazem, é muito bom para ganhar experiência, para ganhar conhecimento do que se faz lá fora.
Nos últimos meses bateu consecutivos recordes nacionais. Tem a ideia de por quantas vezes isso aconteceu?
Não tenho a certeza absoluta, mas acho que foram sete.
Contava com estes grandes resultados, nesta altura, ou aconteceram mais cedo do que esperava?Para dizer a verdade, não estava à espera para já, mas a longo prazo. A evolução foi brusca, estava num determinado nível e, de repente, passei para um muito superior, posso dizer que foi uma surpresa.
No plano internacional, quais são os objectivos?
Agora tenho realmente que começar a focalizar a nível internacional, quem sabe entrar cada vez mais nos 16 melhores do mundo e, pouco a pouco, ir caminhando para me afirmar cada vez mais, a nível internacional.
O grande objectivo agora é uma boa prestação nos Campeonatos do mundo?
Sim, vão ser em Agosto. O meu objectivo vai ser ficar nos 16 primeiros aos 100 metros e aos 50 metros, apesar de pensar que nos 50 tenho mais possibilidades.
Agora é começar a entrar em provas internacionais para me preparar e estar em forma em Agosto.
A mais longo prazo, também a participação nos Jogos Olímpicos é um objectivo.
Sim, faltam ainda três anos, é muito tempo, mas tenho os Jogos Olímpicos em mente e é o meu grande objectivo neste ciclo de 4 anos.
É possível um atleta do seu nível continuar a evoluir a partir de Portimão ou estará já a pensar dar um salto para outro clube e outra cidade que lhe dê melhores condições?
Em Portugal, não vejo nenhum sítio que me possa dar melhores condições, a nível de treinador… em Portugal, não, se calhar no estrangeiro.
Em Portimão, posso dizer que temos algumas dificuldades porque não há piscina de 50 metros para treinar, temos que ir a Quarteira ou Loulé, mas quando o complexo desportivo ficar concluído, penso que não haverá problemas, apesar de, neste momento ser um bocado complicado.
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